RATOS E HOMENS – John Steinbeck


Imagem relacionadaBoa tarde, querida Família Lendo Muito!

Hoje, trago-vos a resenha de Ratos e Homens: um verdadeiro clássico universal, de autoria do escritor americano John Steinbeck – ganhador do Nobel de 1962.

Em plena Grande Depressão Americana, a dupla de caipiras migrantes George e Lennie vivia fazendo pequenos bicos em lavouras de fazendas no interior da Califórnia. George era um sujeito pequeno, franzino e muito ladino; já, Lennie era muito alto e forte como um touro, mas com uma compreensão das coisas similar à de uma criança de três anos. 

Por causa de sua força descomunal e sua fraca inteligência, Lennie vivia criando problemas para ambos e George vivia sempre reclamando que sua vida seria muito mais fácil sem o amigo, porém, Lennie recusava-se sempre a abandoná-lo.

O sonho destes dois trabalhadores braçais era juntar um dinheirinho para comprarem um pedacinho de terra para cultivarem hortaliças e criarem coelhos, todavia, por causa da última confusão em que Lennie se metera, eles foram obrigados a abandonar o serviço e rumarem para Salinas, onde foram empregados para trabalharem num rancho.

Apesar de serem bem recebidos pelos outros trabalhadores do rancho – principalmente por Candy, um velho faz-tudo do lugar -, Curley, o filho do dono, que era uma pessoa extremamente cruel e preconceituosa, logo fica na marcação dos dois, principalmente por causa de sua bela esposa, que vive flertando com os empregados.

Não vai demorar muito para Lennie envolver-se na pior enrascada de sua vida…

O resto, só lendo muito!

Uma verdadeira história de amizade, que conta  com um final surpreendente e comovente, capaz de levar qualquer leitor às lágrimas, mesmo os mais duros!

Digno de 5 estrelas!

Espero que vocês realmente tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)

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A Casa dos Pesadelos – Marcos DeBrito


“Alguns traumas são difíceis de superar.
Outros, seria melhor esquecer!”

Querida Família Lendo Muito, é com esta frase de impacto, retirada da própria capa do livro, que iniciamos a resenha de A Casa dos Pesadelos, de autoria do brilhante escritor e fantástico cineasta Marcos DeBrito: uma das pessoas mais talentosas e humildes que nós já tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente!

Os irmãos Tiago e Bruno, e sua mãe Laura viajavam de carro para visitar Célia – avó de 65 anos dos meninos e mãe de Laura -; já fazia dez anos que Tiago não  pisava mais naquele casarão antigo, tudo por causa do enorme trauma sofrido ao dar de cara com uma figura grotesca que tanto o amedrontara.

Segundo ele, a criatura que ele havia visto naquela noite “tinha cabelos crespos esvoaçantes e uma das pernas parecia feita de madeira. Os olhos fundos, que o encaravam como se velassem seu sono, ficavam cavados num rosto completamente enrugado. No lugar dos dedos da mão, o que havia eram dentes amarelados que queriam mordê-lo. E a boca, toda desdentada, se escancarava, querendo devorá-lo enquanto ele dormia”, ou seja, um verdadeiro monstro!

Mais fortalecido psicologicamente, pois estava fazendo terapia há bastante tempo, e para provar que tudo aquilo que vira no passado não passava de uma criação de sua imaginação pueril, Tiago estava de volta para aquele mesmo casarão, com sua mãe e seu irmão menor Bruno. Todavia, os pesadelos de Tiago retornam com tudo novamente, só que agora, para seu completo espanto, quem passa a vivenciá-los é seu irmão mais novo.

Não lhe restando mais nenhuma alternativa, Tiago terá que enfrentar aquela “criatura diabólica” sem imaginar o terrível segredo do passado que ronda o solar maldito de sua vó Célia…

O resto, só lendo muito!

O autor construiu uma trama realmente espetacular, que envolve o leitor da primeira até a última página; o final é eletrizante e totalmente improvável, capaz de deixar qualquer um de boca aberta.

Digno de 5 estrelas!

Esperamos que tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)
&
Ana Paula

É DIFÍCIL MORRER – Artur Laizo


É DIFÍCIL MORRERBoa tarde, querida Família Lendo Muito!

Escolhemos para hoje a resenha de É Difícil Morrer, de autoria do Dr. Artur Laizo.

Certa noite, enquanto fazia seu plantão noturno, o Doutor Eduardo Alves recebe uma vitima de um terrível atropelamento no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São José quase sem vida.

O paciente em questão era José Maurício, solteiro, 28 anos, de endereço e pais desconhecidos; este mesmo rapaz era dono de uma triste sina e estava naquele leito de hospital após passar por terríveis provações em sua vida.

Desde a sua internação, a vida miserável deste jovem cruza-se diretamente com a do Dr. Eduardo, médico dedicado e zeloso por seus pacientes internados no CTI do São José. Contudo, o cioso médico passava por uma terrível crise existencial, que estava minando aos poucos o seu casamento, justamente por não ter mais tempo para sua família; por isso mesmo é que ele passou a entregar-se ao alcoolismo, mergulhando cada vez mais no poço da degradação.

Em meio a este turbilhão de acontecimentos e tentando salvar a vida de José Maurício, o Dr. Eduardo acaba construindo uma sólida amizade ali mesmo naquele leito do hospital. O jovem passa então a narrar-lhe toda a sua desafortunada vida, procurando também, através de sua ingenuidade, ajudar o bondoso médico.

Será que eles conseguirão vencer as agruras da vida, consolidando de vez esta amizade surgida de maneira tão inusitada?

O resto, só lendo muito!

Talvez o emprego excessivo de termos médicos atrapalhe um pouco o ritmo da leitura no início, nada que comprometa a emocionante e tocante narrativa criada pelo autor.

Digno de 4 estrelas!

Esperamos que tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)
&
Ana Paula

O Fabuloso Dr. Pacífico (O Médico dos Bichos) – Hugh Lofting


Resultado de imagem para capa o fabuloso Dr. PácificoBoa tarde, querida Família Lendo Muito!!!

Trago-vos, desta vez, mais uma resenha de um livro adquirido nas máquinas de livros do Metrô de São Paulo; trata-se de O Fabuloso Dr. Pacífico (O Médico dos Bichos), de autoria de Hugh Lofting: primeiro livro da série Dr. Pacífico (Dr. Dolittle), que rapidamente tornou-se um verdadeiro sucesso mundial e é considerada por muitos como uma das mais originais obras infanto juvenis de todos os tempos.

Na pequena cidade de Poção do Brejo vivia João Pacífico, um médico muito conhecido e querido por todos, devido à sua enorme habilidade e, principalmente, ao seu espírito humanitário para com os animais. Ele e sua irmã  viviam numa casa simples e bem modesta, com um lindo jardim na frente.

Como ele gostava muito dos animais, sua casa mais parecia um horto, pois havia todo o tipo de bicho por lá, como um lindo peixinho dourado, que vivia no aquário, coelhos que habitavam sua despensa, ratinhos brancos, que viviam dentro do piano, um esquilo em seu armário de roupas e até um ouriço, que dormia despreocupadamente no sótão. Porém, seu animais favoritos eram Dabe-Dabe, o pato; Jipe, o cachorro; Gube-Gube, o leitão; sua coruja Tutu e seu papagaio, de nome Polinésia.

Sara, sua irmã, reclamava sempre com ele sobre aquela bicharada, já que sua clientela estava cada vez mais escassa, pois seus pacientes já estavam cansados de encontrar ratinhos na sala de espera ou sentarem-se sobre um ouriço!!!

Conforme o tempo passava, o médico arrumava mais bichos e perdia mais clientes, até o dia em que ele perdeu quase todo o dinheiro e foi obrigado a desfazer-se de seu adorável piano, não sem antes acomodar os ratinhos na gaveta de seu escritório, é claro!

Foi então que, certo dia, um vendedor de carne para gato deu-lhe a ideia de deixar de atender as pessoas e passar a atender apenas animais, pois ele saberia como tratá-los muito melhor que os veterinários da época; o tal vendedor até comprometeu-se a enviar todas as velhinhas donas de gatos e cachorros que ele conhecia.

Após a saída do tal vendedor, o papagaio Polinésia, que havia prestado atenção à toda aquela conversa, voou até ele e teve uma verdadeira conversa com o doutor, para seu completo espanto; Polinésia explicou ao Dr. Pacífico que os papagaios falavam dois idiomas: o das pessoas e o das aves.

Logo que recobrou-se do choque inicial, o médico ficou extremamente interessado em aprender a linguagem das aves; aos poucos, o papagaio foi ensinando-lhe o ABC das aves. Mais tarde, Polinésia ajudou-o a entender também a linguagem dos cães; por fim, o Dr. Pacífico era capaz de entender o idioma de qualquer animal.

Seus primeiros “clientes” foram cachorros com dores de estômago; depois, ele atendeu um cavalo que reclamava de problemas de visão;  texugos e ratos do banhado vinham para tratar-se com ele durante à noite.

Devido a propaganda que os bichos faziam de boca em boca – ou de bico em bico, em alguns casos- o Dr. Pacífico voltou  a ganhar muito dinheiro, para felicidade de Sara, que comprou até um vestido bem caro que desejava há anos.

Entretanto, alguns animais chegavam em péssimas condições e eram obrigados a ficar na casa do bom médico por uma semana ou mais, alguns nem queriam mais voltar para suas casas e seus péssimos donos; e como o doutor não gostava de magoá-los, sua casa ia ficando cada vez mais lotada com animais de todos os tipos.

A gota d’água veio quando um jacaré com dor de dente fugiu do circo durante a noite e, após ser tratado, não quis mais retornar para sua jaula; o doutor então adotou-o, só que os fazendeiros deixaram de levar seus bezerros e carneiros doentes para o bom médico, com medo que o jacaré os devorasse; as velhinhas também deixaram de levar seus cães e gatos pelo mesmo motivo.

Vendo que eles estavam ficando novamente sem dinheiro, Sara deu um ultimato para que João Pacífico se livrasse de vez do tal jacaré, caso contrário ela partiria para sempre dali.

O doutor fez a escolha mais difícil de sua vida: ficou com o jacaré; Sara então arrumou as suas coisas e partiu naquele mesmo dia!

Após a partida da irmã e com o dinheiro escasso, os animais passaram a dividir as tarefas domésticas: um macaco encarregava-se da comida e das costuras; o cachorro varria o chão; o pato espanava tudo e arrumava as camas, o porquinho cuidava do jardim e Polinésia, por ser o mais velho, administrava a casa e toda a rouparia.

Num dia muito frio de inverno, uma andorinha veio avisar o bom doutor que uma doença horrorosa estava matando os macacos na África; sensibilizado, João Pacífico tomou um navio emprestado de um antigo amigo e comida de outro e partiu com alguns animais  rumo à África, para viver grandes aventuras por lá.

O resto, só lendo muito!

Uma linda história, que nos ensina o verdadeiro valor da amizade entre humanos e animais.

Digno de receber 5 estrelas!

Espero que vocês realmente tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)

 

 

A Governanta – Catherine Gaskin


Resultado de imagem para a governanta catherineO cenário deste maravilhoso romance de suspense da autora irlandesa Catherine Gaskin é a ilha de San Cristóbal, localizada nas Antilhas, mais precisamente no ano de 1830, época em que ainda existia a escravidão e cultivava-se açúcar.

Nesta ilha perfumada e de flores exóticas, onde escravos viviam oprimidos e em condições sub-humanas em suas senzalas, sendo proibidos de praticar seus ritos religiosos, oriundos da África, Fiona McIntyre – que viera da Escócia para trabalhar como governanta da família Maxwell – acreditava estar num verdadeiro paraíso tropical. Contudo, ao tomar o lugar de sua meia-irmã Mary, que desistira de ser governanta dos Maxwell por conta de seu repentino casamento, ela deparou-se frente a frente com o mal verdadeiro, que rondava aquela fazenda a todo momento.

Fiona começa então a tomar conta de Duncan, menino doce e meigo, que ela passa a gostar desde o primeiro momento. Contudo, ela não consegue livrar-se de seu dom de premonição, verdadeira maldição que a persegue desde a morte de sua mãe.

E ao envolver-se amorosamente com o belo Fergus, enteado do dono da fazenda, ela descobrirá, da pior maneira possível, que tudo o que ocorria naquele lugar não passava de um plano sinistro e macabro, ligado ao passado da fazenda Land fall!

O resto, só lendo muito!!!

Suspense muito bem elaborado, com uma pitada de sobrenatural e capaz de prender a atenção dos leitores da primeira página até a última página, contando com um desfecho surpreendente e completamente inesperado!

Digno de 5 estrelas!

Esperamos que tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)
&
Ana Paula

Inscrições abertas até o dia 31/7/2018 para a Antologia Sonhos Literários


EDITAL PROLONGADO!!! Devido a pedidos, a Organização do Projeto Antologias Independentes junto com a Escritora Brenda Rodrigues decidiu manter aberto o edital para as inscrições na Antologia Sonhos Literários até o dia 31/Julho/2018 às 00:00 horas. Nos envie o seu texto: poema, frase, verso, conto, crônica, pensamento ou relato. Com seu nome, título do texto, […]

Romance de uma Mulher – Guy de Maupassant


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Boa tarde, querida Família Lendo Muito!

Após um breve hiato, estamos retornando hoje e trazendo uma resenha especial de um verdadeiro clássico da literatura universal: Romance de uma Mulher, de autoria do brilhante Guy de Maupassant.

O livro narra a história da romântica e bela Joana, que fora mandada para o convento “Sacre-Coeur” aos doze anos, retornava agora com dezessete a casa dos pais ricos, livre de todos os pensamentos mundanos e aguardando um marido maravilhoso enviado pela Divina Providência, que lhe seria dedicado por toda a sua existência, ou seja, um verdadeiro príncipe encantado!

A mãe de Joana, a baronesa Adelaide e seu pai, o Barão Simão-Tiago, faziam de tudo para que sua única e tão querida filha fosse a mais feliz de todas as jovens, dando-lhe todo o amor e carinho e enchendo-a de mimos e presentes.

Num belo dia, ela conhece seu novo vizinho, o belo e formoso Julião, visconde de Lamare, por quem logo se apaixona e casa muito rapidamente. Todavia, Joana descobre da maneira mais dura que seu marido estava mais para um sapo do que para um príncipe, pois ele havia se casado com ela apenas por causa de seu dote, mostrando-se um marido avarento e muito agressivo.

A partir de então, ela passa a experimentar uma vida tediosa e infeliz, que piora quando a empregada Rosália, dá à luz a um menino repentinamente e se nega veementemente a dizer quem é o pai da criança. Entretanto, após surpreendê-la certa noite na cama com Julião, Rosália acaba confessando-lhe que o pai de seu filho era seu marido e que ele a visitava com frequência, desde que voltaram da noite de núpcias!

Joana então começa sua saga, tendo que lidar com a infidelidade de Julião e submetendo-se aos martírios e provações de um casamento fadado ao fracasso…

O resto, só lendo muito!

Um drama forte e tocante, que força todos nós leitores a refletirmos sobre a vida que idealizamos e que nem sempre é a que conseguimos alcançar.

Como o próprio Guy de Maupassant afirmava sempre: “A vida, que você vê, nunca é tão boa ou tão ruim quanto a que acreditamos!”

Esperamos que todos tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)
&
Ana Paula

 

Cynthia – E. V. Cunningham (Howard Fast)


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Boa noite, querida Família Lendo Muito!

Trago-vos a resenha do livro Cynthia – que eu ganhei da queridíssima Dra. Milene, minha terapeuta ocupacional -, cujo brilhante autor norte-americano Howard Fast \(Spartacus) escreveu sob o pseudônimo de E. V. Cunningham.

A história é narrada em primeira pessoa e tem início numa quinta-feira do mês de maio, quando Harvey Krim, investigador de seguros da Lloyds Seguradora – terceira maior companhia de seguros do mundo-, recebe, de seu chefe chato e irritante, a incumbência de encontrar a jovem Cynthia Brandon, filha do multimilionário E. C. Brandon; ela estava sumida desde a última segunda-feira, quando fora vista saindo do luxuosíssimo apartamento de 22 quartos de seu pai.

O mais estranho de tudo era o fato da companhia de seguros de Harvey ter dois seguros para Cynthia Brandon: um de vida, no valor de 1 milhão de dólares e outro, também de um milhão, no caso de seu sequestro; ambos traziam, como único beneficiário seu pai, Elmer Cantwell Brandon, que os procurara ainda naquela semana, com o intuito de aumentar ainda mais o prêmio do seguro de sequestro para dois milhões!

A missão de Harvey seria encontrar Cynthia a qualquer custo, fazendo com que a empresa economizasse o valor das indenizações dos seguros. Para isso, ele deveria pagar o sequestro, caso ela houvesse sido raptada de verdade; ou arranjar um atestado de óbito, se ela estivesse morta. O investigador de seguros exigiu receber dois cheques: um no valor de quinze mil dólares, para os seus honorários; e outro, de oitenta e cinco mil dólares, que ele restituiria ao final da missão.

Harvey achava que tudo não passava de uma fuga de uma jovem bonita e rica, que estava saturada de levar uma vida vã e fútil, todavia, ao visitar a residência do pai da jovem, ele ficou sabendo que Cynthia sabia que E. C. Brandon a deserdaria totalmente caso ela fugisse novamente de casa, como já havia acontecido antes!

As coisas ficaram ainda mais misteriosas quando o tenente Rothschild, da polícia de Nova Yorque, que pressionava Harvey para obter informações sobre o sumiço de Cynthia, contou a ele que seu detetive Gonzáles havia visto a jovem desaparecida na última terça-feira, andando de mãos dadas com um homem moreno e bonitão em pleno Central Park; González já havia visto aquele rosto antes num álbum da Interpol: tratava-se de Valente Corsica, que se passava pelo Conde Gambion de Fontini, e estava cotado para tornar-se o novo chefe da máfia!!!

Harvey pede auxílio para Lucylle Dempsey, bibliotecária da Divisão Donnel da Biblioteca Pública de Nova York; após conversarem com a madrasta de Cynthia, eles descobrem que a jovem sumida estava em busca de um grande amor; ela conheceu o falso conde, utilizando serviços de uma agência de encontros, que usava o computador para buscar afinidades entre seus membros…

O resto, só lendo muito!

Esta é uma história bem escrita, repleta de surpresas e muitas reviravoltas, que termina com um final surpreendente.

Digno de 3 estrelas!

Espero que vocês realmente tenham gostado.

Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!

Alex André (Xandy Xandy)

A bruxa não vai para a fogueira neste livro-Amanda Lovelace


Continuando a trilogia Mulheres tem uma espécie de magia, que iniciou-se com a obra A princesa salva a si mesma neste livroAmanda Lovelace é mais do que vitoriosa ao tentar conciliar os desejos simultâneos de agradar o leitor que aprovou o primeiro volume e de não apresentar apenas “mais do mesmo”.

Embora mantenha sua veia feminista e empoderadora, entre um livro e outro, Amanda efetua uma mudança que pode ser sentida até mesmo nos respectivos títulos: Enquanto princesas são comumente associadas a fragilidade, delicadeza e sensibilidade, bruxas são mais lembradas como poderosas, fortes e amedrontadoras.

Essa mesma modificação se faz presente nos poemas que, se mostravam muito da dor e dos sofrimentos do eu-lírico da poetisa, bem como sua dificuldade em aprender a gostar de si mesma, através de um viés mais delicado, sutil e melancólico, no último lançamento da autora se concentram mais na força do eu-lírico, em seu desejo de mudança e na raiva causada por todos os abusos por ele sofrido, tendo, assim, uma escrita menos suave e mais contundente, decidida, quase violenta, algumas vezes.

Assim como no primeiro livro, a poetisa também se aproveita de diversas metáforas para transmitir a mensagem desejada nesse último livro. As metáforas, é óbvio, variam de acordo com a imagem central da obra: Enquanto a primeira possui mais metáforas associadas ao mundo circundante às princesas (com referências a dragões, castelos e coroas), a segunda conta mais com aquelas relacionadas a bruxas (como, por exemplos, menções a fogueiras, feitiços e fogo).

Outra característica que notei em ambos os volumes é a preocupação da escritora em dirigir-se não apenas a mulheres heterossexuais e cisgênero, mas a mulheres LGBTI+ também. Se o primeiro livro contêm um poema sobre o amor entre mulheres, o mais recente conta com dois poemas que se referem a mulheres transgênero.

Um último detalhe que gostaria de comentar aqui é o evidente gosto da autora por obras de fantasia infanto-juvenil/YA, pois, se você achava que as referências a Harry Potter em seu primeiro lançamento não eram prova suficiente desse gosto, receio que as menções dela a Jogos Vorazes nesse último podem te fazer mudar de ideia. Apesar de não ser algo essencial às respectivas obras, nem tampouco o cerne delas, tais referências me deixaram feliz, uma vez que sou fã assumida de ambas as obras.

Com tudo o que disse até agora, acho que já posso afirmar que Amanda Lovelace é uma das minhas poetisas preferidas e, a despeito da minha preferência pelo primeiro livro dela, essa se explica por uma mera preferência minha por um tom mais sentimental e melancólico a um mais raivoso e retumbante, mas garanto que A bruxa não vai para a fogueira neste livro não decepciona nem os novos leitores da autora nem aqueles que já conhecem sua produção anterior, ganhando, assim, meu 9.

By Ana Beatriz

 

Violet Evergarden


Fazia um tempinho que eu não assistia anime. Os últimos que assisti não me agradaram muito e, se, por um lado, tenho preguiça de procurar algo que não esteja na Netflix, os que nela estão presentes não costumam me apetecer muito. Dessa maneira, foi com expectativa baixa e mal me dando ao trabalho de ler a sinopse que comecei  a ver Violet Evergarden.

Sendo assim, me surpreendi muito (positivamente) ao me deparar com uma obra carregada de emoção, um belo desenho e um enredo simplesmente incrível.

Apesar de não ser citada um data específica, temos a impressão de que Violet Evergarden se passa em um passado não tão distante, tendo como momento histórico um período imediatamente pós-guerra no Japão.

Tendo como protagonista aquela que dá título ao programa, Violet foi treinada desde pequena pelo exército afim de tornar-se uma arma de guerra. Graças a isso, no inicio, ela parece ser incapaz de fazer qualquer coisa por desejo próprio e não por ordem de outrem, encontra dificuldades ao compreender os sentimentos dos outros e, sobretudo, os próprios (os quais ela sequer tem certeza que possui).

Tudo que Violet fez a vida inteira foi obedecer ordens e matar, mas, agora que a guerra está terminada e seu amado comandante, desaparecido, a menina terá que arrumar outra forma de levar a vida.

É então que ela decide tornar-se uma Autômata de Automemórias, cargo cuja função é escrever cartas a pedido de outras pessoas, transmitindo nelas, da melhor maneira possível, tudo que seu contratante sente e deseja expressar. Por conta disso, o trabalho acaba por exigir grande inteligência emocional, justamente aquilo de que nossa protagonista parece mais carecer.

No entanto, isso não a afasta de seu desejo de tornar-se uma Autômata de Automemórias, pelo contrário, apenas fortalece-o, uma vez que ela era muita apegada ao comandante que não só lhe dava ordens como também a criou, e a última coisa que ele falou para ela foi “eu te amo”, uma expressão cujo significado ela não compreende, mas está disposta a aprender com esse serviço.

Mesclando cenas sangrentas com drama, romance com traumas de guerra, culpa com bucolismo, na minha opinião, Violet Evergarden é um anime para todos os gostos mas, sobretudo, para aqueles que, como eu, gostam de obras com uma bela carga sentimental e, por isso, creio que mereça meu 10.

By Ana Beatriz