Boa tarde, querida Família Lendo Muito!!!
Trago-vos, desta vez, mais uma resenha de um livro adquirido nas máquinas de livros do Metrô de São Paulo; trata-se de O Fabuloso Dr. Pacífico (O Médico dos Bichos), de autoria de Hugh Lofting: primeiro livro da série Dr. Pacífico (Dr. Dolittle), que rapidamente tornou-se um verdadeiro sucesso mundial e é considerada por muitos como uma das mais originais obras infanto juvenis de todos os tempos.
Na pequena cidade de Poção do Brejo vivia João Pacífico, um médico muito conhecido e querido por todos, devido à sua enorme habilidade e, principalmente, ao seu espírito humanitário para com os animais. Ele e sua irmã viviam numa casa simples e bem modesta, com um lindo jardim na frente.
Como ele gostava muito dos animais, sua casa mais parecia um horto, pois havia todo o tipo de bicho por lá, como um lindo peixinho dourado, que vivia no aquário, coelhos que habitavam sua despensa, ratinhos brancos, que viviam dentro do piano, um esquilo em seu armário de roupas e até um ouriço, que dormia despreocupadamente no sótão. Porém, seu animais favoritos eram Dabe-Dabe, o pato; Jipe, o cachorro; Gube-Gube, o leitão; sua coruja Tutu e seu papagaio, de nome Polinésia.
Sara, sua irmã, reclamava sempre com ele sobre aquela bicharada, já que sua clientela estava cada vez mais escassa, pois seus pacientes já estavam cansados de encontrar ratinhos na sala de espera ou sentarem-se sobre um ouriço!!!
Conforme o tempo passava, o médico arrumava mais bichos e perdia mais clientes, até o dia em que ele perdeu quase todo o dinheiro e foi obrigado a desfazer-se de seu adorável piano, não sem antes acomodar os ratinhos na gaveta de seu escritório, é claro!
Foi então que, certo dia, um vendedor de carne para gato deu-lhe a ideia de deixar de atender as pessoas e passar a atender apenas animais, pois ele saberia como tratá-los muito melhor que os veterinários da época; o tal vendedor até comprometeu-se a enviar todas as velhinhas donas de gatos e cachorros que ele conhecia.
Após a saída do tal vendedor, o papagaio Polinésia, que havia prestado atenção à toda aquela conversa, voou até ele e teve uma verdadeira conversa com o doutor, para seu completo espanto; Polinésia explicou ao Dr. Pacífico que os papagaios falavam dois idiomas: o das pessoas e o das aves.
Logo que recobrou-se do choque inicial, o médico ficou extremamente interessado em aprender a linguagem das aves; aos poucos, o papagaio foi ensinando-lhe o ABC das aves. Mais tarde, Polinésia ajudou-o a entender também a linguagem dos cães; por fim, o Dr. Pacífico era capaz de entender o idioma de qualquer animal.
Seus primeiros “clientes” foram cachorros com dores de estômago; depois, ele atendeu um cavalo que reclamava de problemas de visão; texugos e ratos do banhado vinham para tratar-se com ele durante à noite.
Devido a propaganda que os bichos faziam de boca em boca – ou de bico em bico, em alguns casos- o Dr. Pacífico voltou a ganhar muito dinheiro, para felicidade de Sara, que comprou até um vestido bem caro que desejava há anos.
Entretanto, alguns animais chegavam em péssimas condições e eram obrigados a ficar na casa do bom médico por uma semana ou mais, alguns nem queriam mais voltar para suas casas e seus péssimos donos; e como o doutor não gostava de magoá-los, sua casa ia ficando cada vez mais lotada com animais de todos os tipos.
A gota d’água veio quando um jacaré com dor de dente fugiu do circo durante a noite e, após ser tratado, não quis mais retornar para sua jaula; o doutor então adotou-o, só que os fazendeiros deixaram de levar seus bezerros e carneiros doentes para o bom médico, com medo que o jacaré os devorasse; as velhinhas também deixaram de levar seus cães e gatos pelo mesmo motivo.
Vendo que eles estavam ficando novamente sem dinheiro, Sara deu um ultimato para que João Pacífico se livrasse de vez do tal jacaré, caso contrário ela partiria para sempre dali.
O doutor fez a escolha mais difícil de sua vida: ficou com o jacaré; Sara então arrumou as suas coisas e partiu naquele mesmo dia!
Após a partida da irmã e com o dinheiro escasso, os animais passaram a dividir as tarefas domésticas: um macaco encarregava-se da comida e das costuras; o cachorro varria o chão; o pato espanava tudo e arrumava as camas, o porquinho cuidava do jardim e Polinésia, por ser o mais velho, administrava a casa e toda a rouparia.
Num dia muito frio de inverno, uma andorinha veio avisar o bom doutor que uma doença horrorosa estava matando os macacos na África; sensibilizado, João Pacífico tomou um navio emprestado de um antigo amigo e comida de outro e partiu com alguns animais rumo à África, para viver grandes aventuras por lá.
O resto, só lendo muito!
Uma linda história, que nos ensina o verdadeiro valor da amizade entre humanos e animais.
Digno de receber 5 estrelas!
Espero que vocês realmente tenham gostado.
Um xandylhão de beijos no coração de cada um de vocês!
Alex André (Xandy Xandy)
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